O preço do milho recua nesta quinta-feira (11) no mercado internacional. A posição setembro da Bolsa de Chicago (CBOT) caiu para US$ 3,97, com perdas entre 1 e 2 pontos. Embora a quarta-feira tenha registrado pequenos ganhos, os contratos acumulam queda superior a 5% nesta semana.
No Brasil, o mercado também mostra variações. Na B3, o contrato de julho subiu levemente para R$ 63,15, contra R$ 63,00 no fechamento anterior. Por outro lado, o vencimento de setembro caiu de R$ 63,79 para R$ 63,50.
De acordo com análise da Granoeste, o cenário externo continua incerto. As novas tarifas impostas por Donald Trump a diversos países, inclusive ao Brasil, ampliaram a aversão ao risco. Além disso, o bom desempenho das lavouras americanas limita uma possível recuperação de preços.
Nos Estados Unidos, o USDA informou que 74% das lavouras de milho apresentam condição boa ou excelente. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 68%. Atualmente, 18% das áreas entraram na fase de pendoamento, enquanto 3% já estão em formação de grãos.
Conab eleva estimativa da safra brasileira
Enquanto o mercado espera o relatório do USDA, a Conab divulgou seu 10º levantamento da safra brasileira 2023/24. A projeção subiu de 128,3 para 132,0 milhões de toneladas, crescimento anual de 14,3%.
A colheita da primeira safra chegou a 24,9 milhões de toneladas. Já a segunda (safrinha) deve render 104,5 milhões, e a terceira, 2,5 milhões. A área semeada também aumentou, chegando a 21,56 milhões de hectares, avanço de 2,4% frente ao ciclo anterior.
Embora a produção tenha crescido, as exportações devem atingir apenas 36 milhões de toneladas, abaixo das 38,5 milhões embarcadas no último ciclo. Em contrapartida, o consumo interno subiu para 90 milhões, frente aos 84 milhões da safra anterior. Os estoques finais foram estimados em 9,5 milhões de toneladas, volume bem superior aos 1,85 milhão do ano passado.
Mercado físico e dólar em alta
No oeste do Paraná, as ofertas de compra variam entre R$ 55,00 e R$ 57,00. Em Paranaguá, as indicações giram entre R$ 63,00 e R$ 65,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote.
Além disso, o dólar continua em alta, cotado a R$ 5,54 nesta manhã. Mais cedo, chegou a R$ 5,62. Na sessão anterior, encerrou o dia em R$ 5,502. Com isso, parte das perdas externas é amenizada no preço doméstico, mesmo enquanto o preço do milho recua em Chicago.