As exportações de ovos do Brasil alcançaram 24.915 toneladas no primeiro semestre de 2025, segundo a ABPA (Associação Brasileira de Proteína Animal). O número representa um salto de 192,5% em relação ao mesmo período do ano anterior.
Além disso, a receita gerada com os embarques também cresceu de forma expressiva. Foram US$ 57,7 milhões, um aumento de 216,3% frente aos US$ 18,6 milhões registrados em 2024.
Em outras palavras, o setor de ovos registrou um dos melhores semestres da história.
Volume cresce em junho e EUA lideram compras
Somente em junho, os embarques chegaram a 6.558 toneladas. Esse volume foi 308,3% maior do que no mesmo mês de 2024. A receita mensal também subiu: US$ 15,6 milhões, alta de 288,8%.
Os Estados Unidos foram os principais compradores no semestre. O país importou 15.202 toneladas de ovos brasileiros, aumento de 1247%, com receita de US$ 33,1 milhões, crescimento de 1586,2%.
Em seguida, vieram México e Japão. O México comprou 1.586 toneladas, gerando US$ 6,9 milhões. Já o Japão importou 1.570 toneladas, com uma receita de US$ 3,7 milhões. Ambos os países também apresentaram forte crescimento.
Além disso, esses destinos reforçam a importância do mercado internacional para a cadeia de proteína animal.
Novos mercados reforçam expansão
Além desses destinos, países como Angola (686 toneladas e US$ 1,1 milhão) e Serra Leoa (473 toneladas e US$ 766 mil) também ampliaram suas compras. O Uruguai importou 369 toneladas e gerou US$ 1,24 milhão.
No entanto, o Chile registrou uma queda de 16,6% nos volumes. O país comprou 2.426 toneladas e teve uma leve retração de 2% na receita, que ficou em US$ 6,85 milhões.
Apesar disso, o desempenho geral continua altamente positivo para o setor.
Confiança internacional impulsiona desempenho
Para o presidente da ABPA, Ricardo Santin, o desempenho reflete a confiança internacional. “Os embarques atingiram patamares históricos. A presença brasileira cresceu em mercados estratégicos como Estados Unidos, México e Japão”, avaliou.
Segundo ele, a qualidade, biossegurança e competitividade do produto brasileiro explicam o avanço. Com isso, a expectativa para o segundo semestre é positiva.
“O cenário deve consolidar um novo ciclo de crescimento nas exportações de ovos, sem afetar a oferta no mercado interno”, concluiu Santin.