Exportações de suínos do Paraná batem recorde no primeiro semestre

O Paraná registrou o melhor primeiro semestre em exportações de suínos desde 1997, quando a plataforma Comex Stat/MDIC iniciou o levantamento histórico. No período, foram embarcadas 110,7 mil toneladas, o que representa um crescimento de 39,4% — ou 31,3 mil toneladas a mais — em comparação com o mesmo intervalo de 2024.

Segundo o Boletim de Conjuntura Agropecuária divulgado pelo Departamento de Economia Rural (Deral), da Secretaria de Estado da Agricultura e do Abastecimento (Seab), o volume também superou em 6,1% o recorde anterior, que havia sido alcançado no segundo semestre de 2024. Portanto, esse resultado reforça a força das exportações de suínos do Paraná neste início de ano.

Crescimento puxado por importantes parceiros comerciais

De acordo com a veterinária Priscila Cavalheiro Marcenovicz, o desempenho positivo foi impulsionado principalmente pelo aumento das exportações para mercados relevantes. Hong Kong liderou as aquisições, com 20,5 mil toneladas — um avanço de 23,9% em relação ao primeiro semestre do ano passado. Na sequência, aparecem Uruguai, Argentina, Filipinas, Singapura e Vietnã.

Ela destaca ainda que, historicamente, o segundo semestre costuma superar o primeiro. Por isso, a expectativa é que o Paraná registre um novo recorde nas exportações de suínos ainda em 2025.

Outras carnes e produção agrícola no Paraná

O relatório também aponta uma recuperação gradual nas exportações brasileiras de carne de frango. Segundo a Associação Brasileira de Proteína Animal (ABPA), o faturamento com os produtos in natura e processados cresceu 5,1% no primeiro semestre, alcançando US$ 4,871 bilhões.

Nas exportações de ovos, houve alta de 35,7% no volume entre janeiro e maio, totalizando 26.126 toneladas. Apesar disso, o Paraná, que é o quarto maior exportador, apresentou redução nesse período.

Já a cotação da arroba bovina tem mostrado pressão negativa em julho, com queda de 3,72% no preço médio. No atacado paranaense, os preços do dianteiro e traseiro mantiveram estabilidade, em função da concorrência da carne suína e de frango, mais acessíveis.

Plantio e colheita avançam com boas perspectivas

No campo, o plantio da cevada atingiu 90% da área prevista, graças à boa disponibilidade hídrica e à previsão de tempo firme. A produção estimada de 423 mil toneladas é 43% superior à de 2024, devido ao aumento de área cultivada.

A colheita da segunda safra de milho 2024/25 avança rapidamente e já cobre 29% da área, superando as últimas cinco safras para o mesmo período. Contudo, as condições das lavouras se deterioraram levemente devido às geadas de junho.

Flutuações nos preços das frutas

Por fim, o boletim destaca a dependência do Paraná de frutas provenientes de outras regiões. Os preços variaram conforme a produção, clima, pragas e custos logísticos. Enquanto quatro frutas apresentaram alta nos preços, sete tiveram queda e uma permaneceu estável.

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