O setor de ovos encerrou a primeira quinzena de julho com preços em queda em todas as regiões acompanhadas pelo Cepea. A retração na demanda, comum no período de férias escolares, forçou os produtores a concederem descontos nas negociações, intensificando a pressão sobre os valores.
Segundo colaboradores do Cepea, as temperaturas mais amenas ajudaram a reduzir a produção. No entanto, o ritmo lento das vendas tem sido o principal fator de impacto negativo no mercado.
Além disso, o setor de ovos está atento às tarifas anunciadas pelo governo dos Estados Unidos. No primeiro semestre, os EUA foram responsáveis por 61% das exportações brasileiras do produto. As compras seguem em ritmo acelerado e já acumulam alta de 1.274% em relação ao mesmo período de 2023, com cinco meses consecutivos de recordes mensais.
Apesar da preocupação, o Cepea destaca que as exportações ainda representam menos de 1% da produção nacional. Por isso, o impacto imediato das tarifas no mercado interno tende a ser limitado, ao contrário do que pode ocorrer em outros segmentos do agronegócio.