O Instituto Mineiro de Agropecuária (IMA) orienta os produtores a reforçarem a vigilância em rebanho de herbívoros diante da escassez de vacinas antirrábicas. A distribuição foi afetada por falhas do Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa), o que causou o desabastecimento do imunizante.
A gerente de defesa sanitária animal do IMA, Izabella Hergot, recomenda que os produtores evitem manipular animais com sintomas neurológicos. Entre os sinais mais comuns, destacam-se andar cambaleante, dificuldade para engolir, paralisias, quedas e movimentos involuntários semelhantes à pedalagem.
Diante desses sintomas, o produtor deve buscar imediatamente a unidade do IMA mais próxima. Além disso, caso tenha tido contato com o animal, é fundamental procurar atendimento médico e relatar o ocorrido. Paralelamente, o IMA segue adotando medidas para normalizar a distribuição das vacinas no estado.
Vacinação continua sendo a principal forma de prevenção
Como a raiva não tem cura, a vacina se torna essencial para proteger os rebanhos. A doença, que é uma grave zoonose, pode afetar tanto os animais quanto os seres humanos. Por isso, a prevenção precisa ocorrer de forma contínua e eficiente.
Além dos riscos à saúde, a raiva também provoca prejuízos econômicos. Isso ocorre porque o diagnóstico depende de exames laboratoriais e de pessoal especializado no controle dos transmissores.
Ações de controle e monitoramento seguem em andamento
Para enfrentar a situação, o IMA mantém um conjunto de medidas. Entre elas, realiza o controle de morcegos hematófagos, promove vigilância epidemiológica e orienta os produtores rurais. O órgão também atua na conscientização da população e na coleta de amostras para diagnóstico.
Como parte do conceito de saúde única, o IMA comunica todos os casos positivos à Secretaria de Estado de Saúde de Minas Gerais (SES-MG). Além disso, a instituição colabora com outros órgãos de defesa sanitária para ampliar as áreas de controle da doença.
A vigilância em rebanho de herbívoros se mantém como uma das estratégias mais eficazes nesse cenário, pois permite identificar rapidamente focos da doença e conter a disseminação do vírus.
Declaração de vacinação ajuda a direcionar ações de defesa sanitária
Mesmo com a escassez, os produtores devem declarar a vacinação do rebanho. Isso pode ser feito presencialmente nas unidades do IMA ou de forma virtual, por meio do Portal do Produtor.
Essa etapa é fundamental. Por meio das declarações, o IMA consegue mapear a cobertura vacinal, identificar áreas vulneráveis e planejar ações mais eficientes. Dessa forma, protege os rebanhos, reduz os riscos à saúde pública e fortalece a economia local.