Exportações do agro gaúcho seguem em queda

As exportações do agro gaúcho seguem em queda em junho de 2025, conforme relatório da Farsul. Em relação ao mesmo mês de 2024, houve redução de 10% no valor e de 8% no volume exportado. A retração reflete os impactos da estiagem, especialmente sobre a soja, além de quedas em carnes e produtos florestais.

Soja puxa retração das exportações em junho

O Rio Grande do Sul exportou US$ 1,6 bilhão em junho, sendo US$ 1,1 bilhão oriundos do agronegócio. Isso representa 69% do total exportado pelo estado no mês. Em volume, foram embarcadas 1,6 milhão de toneladas, ou 87% do total estadual.

Em comparação com o ano anterior, a soja em grão registrou queda expressiva de US$ 127 milhões. O motivo principal continua sendo a estiagem, cujos efeitos são mais visíveis no período de pós-colheita. Além disso, houve redução nas exportações de farelo de soja, com destaque negativo para o Oriente Médio, principalmente o Irã.

Outros produtos também contribuíram para o recuo. A carne de frango, por exemplo, caiu US$ 32 milhões, influenciada pela suspensão do mercado chinês devido à doença de Newcastle e pelas restrições sanitárias no Oriente Médio. Enquanto isso, os produtos florestais, como a celulose, também registraram retração, afetados pela menor demanda da China.

Acumulado do ano reforça tendência de queda

No acumulado de janeiro a junho de 2025, as exportações do agro gaúcho somaram US$ 6,2 bilhões. Esse valor é 2,7% menor que o do mesmo período de 2024. Em volume, a queda foi de 3,7%, com 9,7 milhões de toneladas embarcadas.

Entre os principais itens em queda, destacam-se a soja em grão, com retração de 29% no valor, e o trigo, com recuo de 17%. Por outro lado, o milho apresentou forte crescimento: 1.064% em valor e 918% em volume. Esse avanço compensa parcialmente as perdas registradas em outras cadeias.

China continua sendo o maior comprador

A Ásia (sem Oriente Médio) manteve-se como o principal destino das exportações do agro gaúcho, com US$ 597 milhões e 1 milhão de toneladas em junho. Dentro da região, a China continua liderando entre os países, com US$ 374 milhões e 32,5% de participação no valor total exportado.

Logo atrás, aparece a Europa, com US$ 261 milhões, sendo US$ 228 milhões destinados à União Europeia. Na sequência, vem a América do Norte, com US$ 87 milhões. Outros mercados relevantes são a Bélgica, os Estados Unidos, as Filipinas e o Vietnã.

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