Futuros de commodities na CBOT continuaram em ritmo muito lento nesta quarta-feira (21/08) na Bolsa de Chicago (CBO).
No pregão desta quarta-feira o complexo da soja operou estável durante boa parte do dia, mas conseguiram fechar com leve alta.
O grão encerrou com alta de 0,56% no contrato de novembro, subindo 5 cents por bushel, cotado a U$9,81. Apoiado principalmente pela valorização do óleo de soja que encerrou com alta de 0,97%.
O farelo fechou com a menor alta do complexo, se valorizando em apenas 0,16%. O mercado parece reagir a questões aqui já abordadas, como a migração da demanda para os EUA, uma vez que está muito difícil de originar no Brasil e porque hoje a conta fica mais barata ao importar dos EUA.
Este fator pode culminar em uma alta nos volumes de exportação americana, se realmente o programa ganhar tração, podemos ver uma retomada do fluxo altista para os preços.
Além disso tempos um possível rally de mercado climático se formando, no Brasil as chuvas são escassas e pelos modelos meteorológicos, a princípio não teremos chuvas significativas para a janela dos próximos 15 dias. Um atraso no plantio da safra brasileira pode adicionar prêmios de risco às cotações.
Futuros de trigo despencaram neste pregão e encerraram com queda de 2,25% para o contrato com vencimento em dezembro.
Os preços continuam sendo pressionados por ofertas mais atrativas vindas do leste europeu, principalmente da Rússia e Ucrânia, dificultando a vida dos vendedores da América do Norte e inclusive alguns vendedores da União Europeia.
O milho por sua vez tentou operar no campo positivo, porém com a forte queda do trigo, as cotações no milho começaram a ceder fazendo com que esse encerrasse o dia praticamente no zero-a-zero, enquanto os contratos mais longos, de 2025, encerraram todos em queda.
Na B3 o milho contrato novembro se desvalorizou em 0,46% e fechou cotado a R$60,19/sc.
Quanto ao mercado físico na região de Campinas, o mercado parece mais estável, no disponível as indicações de compra subindo cerca de R$1/sc, com ofertas de compra na casa dos R$59 e pedidas de venda em R$62, já as ofertas de balcão giram em torno dos R$54/sc.
Macroeconomia
Mais um dia de agenda econômica fraca, mercados aguardam o discurso de Jerome Powell na maior conferência econômica internacional, o simpósio econômico de Jackson Hole, onde o presidente do Federal Reserve irá discursar na sexta-feira (23/08).
Enquanto isso, bolsas ao redor do globo apresentam baixa volatilidade e opera estáveis.
Na Ásia/Pacífico o destaque de queda ficou com a bolsa Hang Seng – Hong Kong com que desvalorização de 0,71%.
Na Europa a bolsa italiana FTSE subiu 0,72% e o EURO STOXX 50 teve alta de 0,33%. Nos EUA as principais bolsas sobem 0,20%.
No Brasil, nosso índice renovou mais uma vez a máxima histórica e se encaminha para o fechamento com uma alta de 0,34%.