Após começar o dia com otimismo, soja perde força afetada pela queda do petróleo

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A soja até chegou a registrar valorização, afetada pela melhora nas margens de esmagamento na China e pelo clima no Brasil, mas fechou em queda de 1,16%.

Nesta quinta-feira tivemos mais um dia de quedas para as commodities na Bolsa de Chicago (CBOT).

Na parte da manhã, o mercado agrícola, principalmente o complexo soja, começou o dia com otimismo refletido nas operações da CBOT.

A soja registrou valorização, impulsionada pela melhora nas margens de esmagamento na China, além de preocupações com o clima quente e seco no Brasil, que está atrasando o plantio da safra nova de soja.

Esse atraso não só preocupa produtores locais, mas também afeta o planejamento das safras de milho safrinha.

A expectativa era de que novas chuvas nas regiões centro-oeste do Brasil e no MATOPIBA aliviassem a situação, mas os modelos de previsão climática indicam divergências, com algumas regiões mostrando chuvas escassas nas próximas semanas.

Entretanto, no período da tarde, o cenário mudou drasticamente…

A queda acentuada nos preços do petróleo influenciou o complexo da soja ao puxar as cotações do óleo de soja para baixo.

A decisão da Arábia Saudita de abandonar a meta de manter o petróleo a US$ 100 o barril impactou a commodity que cai no momento 3,33%, refletindo uma queda nos preços do óleo de soja, que recuou 2,83%.

Como resultado, a soja também perdeu força e registrou uma queda de 1,16%, fechando a U$10,41/bushel. E o farelo encerrou com a menor queda do complexo, registrando uma desvalorização de 0,43%.

O mercado de milho e trigo, que também foi influenciado pela queda do petróleo, seguiu a tendência de baixa em Chicago.

O trigo, apesar de ainda enfrentar problemas climáticos na Rússia, com calor extremo e seca, não conseguiu manter seus preços elevados e fechou em queda de 0,85%, a U$5,84/bushel.

As vendas semanais reportadas pelo USDA (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) para o milho e trigo vieram abaixo do esperado, o que contribuiu para a pressão negativa.

O milho, por sua vez, fechou com uma queda de 0,48%, sendo negociado a U$4,13/bushel.

A ausência da China nas compras de milho americano, devido à grande safra de trigo de inverno, que está substituindo o milho na ração animal, também pesou no mercado.

Apesar da queda nos preços internacionais, o milho na B3 se manteve relativamente sustentado, devido às preocupações com o clima no Brasil.

Caso as chuvas não se regularizem até outubro, a janela de plantio do milho safrinha será impactada, o que já leva o mercado a precificar uma possível queda na área plantada em 2025.

O contrato futuro de milho na B3 para novembro fechou com alta de 0,62%, sendo negociado a R$ 68,18 por saca.

Outros países produtores, como a Argentina e a Ucrânia, também enfrentam desafios com menor área plantada e rendimentos reduzidos, o que mantém os preços firmes no Brasil.

Macroeconomia

A semana na China foi marcada por uma série de eventos que agitaram o mercado.

O governo chinês anunciou uma série de medidas para estimular a economia, incluindo cortes nas taxas de juros e compulsórios, liberando 1 trilhão de iuan para os bancos.

Gerando otimismo em setores como restaurantes, hotéis, construção civil e varejo se beneficiaram.

Nos EUA dados positivos do PIB e o menor número de pedidos por seguro-desemprego ajudaram a impulsionar a alta nos mercados.

Principais Variações:

  • ÁSIA: CHINA: 4,16%
  • EUROPA: EURO STOXX 50: 2,3%
  • EUA: S&P 500: 0,28%; NASDAQ: 0,35%
  • BRASIL: IBOVESPA: 1,02%

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