As exportações de tabaco brasileiro registraram forte crescimento no primeiro semestre de 2025. Segundo dados do MDIC/ComexStat, o país embarcou 206.518 toneladas de janeiro a junho, gerando US$ 1,36 bilhão em receitas. Com esse desempenho, o Brasil consolida sua liderança global no setor pelo 32º ano consecutivo, mantendo a posição alcançada desde 1993.
O volume exportado aumentou 5,77% em relação ao mesmo período de 2024, quando o país vendeu 195.261 toneladas. Já o faturamento subiu 9,5%, superando os US$ 1,24 bilhão obtidos até junho do ano passado. A expectativa do setor, inclusive, é encerrar 2025 com exportações acima de US$ 3 bilhões. Essa projeção encontra respaldo na consultoria Deloitte, que prevê avanço entre 10,1% e 15% em comparação com o ano anterior.
O presidente do Sindicato Interestadual da Indústria do Tabaco (SindiTabaco), Valmor Thesing, ressalta a força do setor. De acordo com ele, a média da última década ultrapassa 500 mil toneladas embarcadas e US$ 2 bilhões em divisas. Ele também destaca que a preferência dos mais de 100 países que compram o produto brasileiro está diretamente relacionada à sua qualidade e integridade. Para garantir esse padrão e manter o ritmo de exportações, o setor aposta no Sistema Integrado de Produção de Tabaco.
No Rio Grande do Sul, a cadeia do tabaco tem papel ainda mais relevante. Em 2024, essa cultura representou 12,55% de todas as exportações do estado. Além disso, nos primeiros seis meses de 2025, os portos gaúchos embarcaram 188,3 mil toneladas de tabaco, com receita de US$ 1,2 bilhão. Valmor Thesing lembra que, no início deste ano, o tabaco ocupou o primeiro lugar no ranking de exportações do estado, evidenciando sua importância socioeconômica.
