Casos de incidência de greening em Goiás acendem alerta vermelho da Agrodefesa

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A praga é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri, e pode trazer grandes prejuízos aos citricultores.

O HLB (Huanglongbing) ou Greening é considerado a pior doença dos citros por não possuir tratamento e por se propagar em alta velocidade. A doença foi detectada no Brasil a partir de 2004 e tem causado grandes perdas.

Atualmente, encontra-se presente nos estados de São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Santa Catarina e Mato Grosso do Sul, além de Goiás, que identificou em julho deste ano em pomares comerciais e não comerciais nos municípios de Quirinópolis e Campo Limpo de Goiás.

A praga quarentenária é causada pela bactéria Candidatus Liberibacter spp., transmitida pelo psilídeo Diaphorina citri, inseto de coloração branca acinzentada e manchas escuras nas asas.

Os principais sintomas do HLB são folhas mosqueadas e amareladas, desfolha, seca e morte de ramos. Os frutos são deformados, pequenos e assimétricos, as sementes são abortadas, pequenas e malformadas e de coloração escura.

Em Quirinópolis, o HLB foi detectado em apenas uma planta da espécie Laranja Pêra Rio (Citrus sinensis sp) – já erradicada pelo produtor -, em uma propriedade comercial de 62 hectares, que é produtora de laranja, limão e tangerina.

A propriedade é inscrita no Sistema de Certificação Fitossanitária da Agrodefesa e possui um responsável técnico habilitado para o monitoramento de prevenção e controle de pragas quarentenárias, com armadilhamento e trocas quinzenais das armadilhas de captura do psilídeo, inseto vetor (Diaphorina citri). Até o momento, não foi encontrado nenhum psilídeo nas armadilhas.

No caso de Campo Limpo de Goiás, o HLB foi encontrado em algumas plantas de uma pequena propriedade comercial de cerca de seis hectares, produtora de tangerina (Citrus reticulata Blanco) da cultivar Ponkan.

Imediatamente após a constatação da ocorrência da praga, a Agrodefesa notificou os citricultores e iniciou as ações de contenção e erradicação das plantas contaminadas com os produtores e seus Responsáveis Técnicos para evitar a propagação da doença.

A gerente de Sanidade Vegetal da Agrodefesa, Daniela Rézio, pondera que apesar de a doença ter sido diagnosticada no Estado, os casos por serem isolados ainda podem ser controlados, mas que é preciso o apoio dos produtores e toda sociedade para um bom desempenho das medidas de contenção da doença.

Segundo ela, é preciso que os produtores e os Responsáveis Técnicos (RTs) fiquem atentos aos sintomas da doença e notifiquem a Agrodefesa em caso de suspeita, para que seja possível identificar e monitorar a população de insetos vetores, conhecidos por psilídeos.

“A sociedade também tem papel fundamental nesse processo, ao deixar de adquirir mudas de comércio ambulante e realizar denúncia à Agrodefesa para interceptação das mudas, que são o principal meio de introdução da praga em Goiás”, reforça.

Denúncias podem ser feitas por meio do site https://goias.gov.br/agrodefesa/.

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