Commodities continuam demonstrando fraqueza e sucumbem a pressão dos preços!

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A soja em grão lidera as perdas, com queda de 20 cents por bushel, a soja encerra com desvalorização de 2,04%.

O pregão desta quinta-feira (22/08) na Bolsa de Chicago foi marcado por quedas intensas em todas as commodities que acompanhamos.

A soja em grão lidera as perdas, com queda de 20 cents por bushel, a soja encerra com desvalorização de 2,04%. Demonstrando muita fraqueza na tentativa de alçar novos patamares na alta, a queda de hoje simplesmente apagou 3 pregões “de alta”.

Dias complicados para as cotações da soja, nem mesmo a publicação de um embarque mais forte foi capaz de reter essa forte queda.

Hoje o relatório do USDA reportou um total de 1.67 milhões de toneladas de vendas até a o dia 15/08. O óleo de soja caiu 1,52% e o farelo caiu 1,49%.

Por falar no óleo de soja, começa a circular um rumor de que o Brasil irá precisar importar óleo de soja ou até mesmo soja para esmagar, para conseguir cumprir com o mandatório do biodiesel.

Caso isso de fato aconteça, podemos ver os futuros na CBOT reagirem com alta para os futuros de óleo e talvez com queda para o farelo.

Contratos de trigo e milho também sofreram duras quedas, o trigo segue pressionado por origens mais baratas e com o dólar mais alto, essa pressão só aumenta, abaixo discutiremos sobre esse fator.

Ao final do pregão o trigo havia caído 1,56% e o milho caiu 1,07%.

Na B3 o contrato de milho setembro teve alta de 0,48% e fechou cotado a R$60,48. Por aqui a alta do dólar ajuda a colocar as cotações em alta, mesmo com a queda da CBOT.

O fator câmbio adiciona mais peso nas cotações, hoje o dólar se valorizou cerca de 2% contra o Real, atingindo novamente os patamares de R$5,60.

Porém essa alta não se restringiu apenas ao Brasil. Dólar index subiu 0,50%, a princípio não parece uma variação tão grande, mas para a volatilidade desse índice é algo que chama a atenção.

E implica que o dólar teve forte valorização contra moedas de países desenvolvidos, porém as maiores altas foram contra moedas de países emergentes, como é o caso do Brasil e do México.

Vale lembrar que a relação dólar mais alto retira demanda dos EUA, pois países emergentes ficam momentaneamente mais atrativos devido ao câmbio, se traduzindo em um súbito aumento de ofertas vindas de outras origens, retirando a demanda dos EUA.

Macroeconomia

Bolsas se preparam para o discurso de Jerome Powell amanhã no simpósio de Jackson Hole. Esse movimento do dólar no globo mostra que o mundo está se preparando para essa fala e é esperado grande volatilidade para bolsas e câmbio no dia de amanhã.

Bolsas na Ásia/Pacífico fecharam sumariamente em alta, com destaque para a bolsa de Hong Kong com alta de 1,44%;

Na Europa bolsas fecharam estáveis muito próximas do fechamento do dia anterior. Já nos EUA vimos um movimento de queda, S&P 500 encerrou com queda de 0,83% e a NASDAQ com queda de 1,63%.

No Brasil o dia também foi de realização e o índice Ibovespa caiu 0,95%, apesar da cair quase 1% esse movimento é totalmente natural e saudável diante a forte alta vista durantes as últimas duas semanas.

Até a próxima, estimados leitores!

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