As exportações de feijão cresceram com força no primeiro semestre de 2025. De acordo com a Secretaria de Comércio Exterior (Secex), o Brasil embarcou 137,02 mil toneladas entre janeiro e junho. O volume representa um aumento expressivo de 89% em relação ao mesmo período de 2024.
Enquanto as vendas externas avançaram, as importações de feijão diminuíram de forma significativa. No mesmo intervalo, o Brasil importou 4,9 mil toneladas, o que representa uma queda de 46% frente ao primeiro semestre do ano passado. Esse saldo positivo no comércio exterior reforça o bom desempenho do setor neste início de ano.
No mercado interno, no entanto, o cenário é de preços em queda. Levantamento do Cepea mostra que os valores do feijão carioca de notas 9 ou superior, dos grãos de notas 8 e 8,5 e dos grãos pretos seguem recuando. As desvalorizações mais intensas ocorrem nos feijões comerciais, pressionados pela maior oferta e pela demanda enfraquecida.
Por outro lado, os grãos de melhor qualidade têm apresentado maior resistência à queda nos preços. Isso porque muitos produtores preferem manter os lotes estocados, à espera de uma possível recuperação nos valores de mercado.
No campo, a colheita continua avançando em importantes regiões produtoras. Além disso, a terceira safra segue em desenvolvimento, mas com algumas preocupações fitossanitárias. Problemas com pragas e doenças têm exigido atenção redobrada dos agricultores nesta etapa do ciclo.
O crescimento das exportações de feijão no primeiro semestre mostra a competitividade do Brasil no cenário internacional. Mesmo com os desafios do mercado interno, o desempenho externo reforça o papel estratégico do setor para o agronegócio brasileiro.
