As exportações de mel do Paraná enfrentam um novo desafio com a possível aplicação de tarifas antidumping pelos Estados Unidos. O país é o principal destino do produto paranaense e, por isso, a medida pode comprometer diretamente o desempenho do setor.
De janeiro a junho de 2025, o Paraná exportou 1.453 toneladas de mel. Isso representa um aumento de 5% em relação ao mesmo período do ano passado. Ainda assim, o ritmo de crescimento pode ser freado caso as tarifas entrem em vigor.
Atualmente, os Estados Unidos concentram mais de 80% das compras do mel paranaense. Por esse motivo, a dependência desse mercado torna o setor mais vulnerável a mudanças comerciais. Além disso, outros mercados consumidores ainda não têm a mesma relevância no volume negociado.
Segundo especialistas, o impacto das tarifas pode variar conforme a alíquota aplicada. Em muitos casos, produtores e exportadores repensam estratégias comerciais, buscando diversificar destinos e melhorar a competitividade.
Além disso, há preocupação com a rentabilidade da cadeia produtiva. Como os custos de produção permanecem elevados, qualquer redução no valor pago pelo produto pode afetar diretamente pequenos e médios apicultores.
Diante desse cenário, entidades do setor pressionam por ações diplomáticas que reduzam os efeitos da medida. Ao mesmo tempo, cresce o interesse em abrir novos mercados internacionais, principalmente na Europa e na Ásia, como forma de reduzir a dependência externa.
As exportações de mel do Paraná seguem relevantes para a economia rural, mas o setor busca alternativas para manter o crescimento, mesmo diante de obstáculos tarifários.