Exportadores brasileiros correm para antecipar embarques aos Estados Unidos após o ex-presidente Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre produtos do Brasil. A medida, que entra em vigor em 1º de agosto, ameaça a competitividade nacional no mercado norte-americano e já leva ao cancelamento de contratos, redução na produção industrial e riscos para a geração de empregos.
Nos últimos dias, empresas intensificaram os envios na tentativa de escapar da taxação. Algumas relataram aumento expressivo no volume de cargas embarcadas, principalmente nos setores alimentício, eletrônico e farmacêutico.
Além da antecipação dos embarques, o maior desafio agora recai sobre o cancelamento de pedidos prontos. Diversas indústrias já produziram e embalaram mercadorias de acordo com os padrões exigidos pelos EUA. Com a suspensão de contratos, surge a dúvida: será possível redirecionar essa carga a outro destino? Se não houver alternativas, os prejuízos serão inevitáveis.
Companhias que operam com exclusividade para determinados estados americanos enfrentam riscos ainda maiores. Muitas já adquiriram matéria-prima e finalizaram a produção. Sem compradores, acumulam perdas e, em alguns casos, consideram encerrar as atividades.
Com a tarifa prestes a entrar em vigor, exportadores brasileiros tentam conter os impactos e manter seus negócios operando.