Futuros de commodities voltaram a subir na CBOT e encerraram a segunda-feira em alta

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A alta foi motivada pela retomada do ânimo com as exportações e pela valoriza;áo do óleo de soja.

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Os futuros da encerraram com ganhos de 13 cents por bushel na Bolsa de Chicago (CBOT), nesta segunda-feira (09/09), recuperando parte das perdas do pregão de sexta-feira, onde as cotações caíram cerca de 20 cents.

A alta foi motivada pela retomada do ânimo com as exportações. Na manhã o USDA reportou uma venda de 132 mil toneladas para a China. Esse dado esporádico, feito por exportadores que são obrigados a reportar qualquer venda acima de 100 mil toneladas ao USDA, animou o mercado.

Além disso, tivemos a retomada de alta no óleo de soja, que encerrou este pregão com valorização de 2,14%.

E o farelo subiu apenas 0,18%. Esse movimento do óleo de soja está ligado a retalhação da China aos embargos Canadense, o primeiro-ministro veio a público novamente e confirmou as taxações em cima de produtos chineses.

Em resposta, a China deve cancelar compras de canola no Canadá. Parte dessa demanda pelo óleo de canola deve ser redirecionada para o óleo de soja americano, fazendo com que os preços trabalhassem em alta no dia.

Outro fator que corroborou com a alta do grão na CBOT é o clima no Brasil, modelos meteorológicos apontam para muitos dias sem chuva, aumentando a preocupação com o atraso do plantio da soja.

Com isso, aumenta-se os riscos futuros e também pode acarretar uma diminuição da área de milho na próxima safra, inclusive, esse fator também ajudou a elevar os preços do milho na CBOT e na B3.

Na CBOT o trigo teve alta de 0,26% e milho subiu 0,25%. Apesar do comentário acima, os futuros de milho nos EUA encontram dificuldades em estabelecer patamares mais altos.

Alguns pontos a serem considerados: a colheita de milho começou na Ucrânia e nos EUA, os volumes colhidos ainda são pequenos, mas já começam a colocar pressão nos preços e limitar as possíveis altas.

Outro ponto é o volume hídrico do rio Mississipi que está baixo e dificulta o escoamento devido a menor capacidade logística.

Na B3 o milho operou em forte alta, o contrato setembro que vencerá no dia 16/09 teve alta de 1,48% e encerrou cotado a R$63,70/sc, enquanto o contrato novembro subiu 2,10% e já é negociado a R$67,46/sc.

Consumidores locais parecem estar correndo atrás de gerar negócios e garantir a cobertura das suas posições, em alguns casos pagando acima da paridade de exportação.

E nesse meio tempo, exportadores também brigam para conseguir lotes, na semana passada as exportações brasileiras relataram vendas de 1,5 milhões de toneladas.

Macroeconomia

Com agenda econômica vazia mercados se preparam para nova rodada de dados.

Nesta terça-feira (10/09) teremos publicação da inflação brasileira, e na quarta-feira a inflação americana, na quinta teremos decisão de taxa de juros na união europeia e na sexta dados de confiança do consumidor americano.

As bolsas encerraram em queda na Ásia, com destaque para o índice de Hong Kong que caiu 1,42%.

Na Europa as bolsas fecharam em alta, a bolsa Inglesa se valorizou em 1,09% e sendo a maior alta deste pregão.

Nos EUA, S&P 500 e NASDAQ encerraram com ganhos de 1,16%. E no Brasil o IBOVESPA teve alta de apenas 0,12%.

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