O mercado de soja enfrenta gargalos significativos de armazenagem e logística do Rio Grande do Sul ao MATOPIBA, aponta análise da TF Agroeconômica. No Rio Grande do Sul, apesar da colheita completa, a quebra de 38% na produtividade mantém o mercado estável, mas com demanda pontual.
Já Santa Catarina registra comercialização lenta, afetada pela entrada de grãos do Centro-Oeste e volumes reduzidos negociados.
No Paraná, o excesso de oferta e o déficit de armazenagem de 12,6 milhões de toneladas pressionam os preços. A logística sobrecarregada e os custos elevados de frete reduzem as margens dos produtores. Mato Grosso do Sul, apesar da safra recorde de 14,68 milhões de toneladas, também sofre com infraestrutura insuficiente e vendas lentas.
Mato Grosso, maior produtor nacional com 50,59 milhões de toneladas, enfrenta déficit crítico de armazenagem e depende do uso de caminhões como “estoques móveis”. Na região do MATOPIBA, o crescimento da produção é expressivo, mas a infraestrutura limitada dificulta o escoamento, afetando a competitividade dos produtores.
Em Goiás, a produção de 20,4 milhões de toneladas não é acompanhada pela capacidade de armazenagem, forçando os agricultores a vender rapidamente. O transporte segue com demanda aquecida e fretes altos, agravando os gargalos logísticos enfrentados em várias regiões.