A Secretaria de Agricultura e Abastecimento (SAA), por meio da Defesa Agropecuária, confirmou um novo caso de Influenza Aviária de Alta Patogenicidade (IAAP) em uma criação doméstica no município de Monte Azul Paulista, região de Barretos. Imediatamente, as autoridades competentes adotaram todas as medidas sanitárias necessárias. Além disso, não há risco para a população, portanto o consumo de carne de aves e ovos permanece seguro.
O Laboratório Federal de Defesa Agropecuária (LFDA) identificou que o foco envolveu duas galinhas em uma propriedade particular. Em seguida, equipes da Defesa Agropecuária fiscalizaram seis estabelecimentos comerciais próximos e não encontraram sinais da doença. Agora, além dessas ações, iniciaram a vigilância ativa em criações domésticas num raio de 10 km para detectar possíveis sintomas da IAAP.
Sobre a Influenza Aviária
A Influenza Aviária é uma doença viral causada pelo vírus Influenza Tipo A, que possui 16 subtipos de hemaglutininas (H) e 9 de neuraminidases (N). O vírus classifica-se em Alta (IAAP) e Baixa Patogenicidade (IABP). Essa doença atinge principalmente aves domésticas e silvestres, sobretudo as aquáticas, causando grandes impactos econômicos e de saúde pública.
O vírus transmite-se pelo contato direto entre aves — por secreções e fezes — ou indiretamente, por meio de água, alimentos, equipamentos, pessoas e outros vetores. O período de incubação pode variar de poucas horas até 14 dias, dependendo da dose e espécie afetada. Entre os sinais clínicos estão tremores, dificuldade respiratória, coriza, asas caídas, torção de cabeça, incoordenação e andar em círculos.
Para prevenir a doença, a Defesa Agropecuária orienta evitar manipular aves doentes ou mortas. Além disso, em caso de suspeita ou mortes incomuns, deve-se acionar imediatamente a Defesa.
Medidas para granjas comerciais
As granjas comerciais precisam reforçar ao máximo as medidas de biosseguridade. Por isso, é fundamental verificar diariamente a integridade das telas para impedir contato com aves selvagens. Também recomenda-se evitar árvores frutíferas próximas aos aviários e manter a vegetação baixa e as áreas secas para não atrair aves aquáticas.
Desde março de 2025, a Portaria MAPA nº 782 proíbe a criação de aves ao ar livre com acesso a piquetes por 180 dias em estabelecimentos registrados. Além disso, é proibida a entrada de pessoas externas para proteger a saúde do plantel.
Plano de contingência e monitoramento
A Secretaria de Estado da Saúde (SES) acompanha o caso em parceria com a SAA e outras secretarias. Dessa forma, a Coordenadoria de Controle de Doenças elaborou um Plano de Contingência para possíveis casos humanos. Até o momento, São Paulo não registrou casos humanos, mas mantém o monitoramento dos envolvidos no caso.