Inspeções técnicas são a chave para reduzir custos na movimentação de cargas

Publicado em

Compartilhe esse artigo

*Leandro Bieco

Todo empresário ou gestor de área sabe que ter máxima eficiência operacional é uma das melhores formas de obter redução de custos, assim como ter despesas enxutas é o caminho para se manter competitivo. Nesse sentido, quem atua em setores que realizam elevações e movimentações de cargas sabe que, embora esta atividade deva ter como fator mais importante a segurança, isso deve sempre caminhar ao lado da eficiência.

É neste ponto que inspeções técnicas podem desempenhar um papel fundamental que vai além de garantir uma operação com segurança, mas também proporcionar planejamento e execução de movimentação da forma mais ágil, segura, econômica e inteligente possível.

Inspeções técnicas capazes de entregar esse nível de serviço requerem a orientação de profissionais especializados, que possam atuar de forma consultiva em diversos aspectos da elevação e movimentação de cargas e nas mais diferentes circunstâncias, sejam internas ou externas. Este trabalho deve verificar a integridade e preservação de equipamentos específicos e incluir a melhoria de processos para torná-los mais eficientes.

Esta abordagem pode influenciar múltiplos aspectos de uma inspeção técnica, envolvendo análises e orientações sobre o planejamento da movimentação, a escolha dos equipamentos mais adequados, os cálculos necessários para o dimensionamento da carga, as ações para mitigação de riscos, além do treinamento de técnicos e o desenvolvimento de uma cultura de segurança, respeito às normas e de eficiência da operação.

Esse esforço traz ganhos em diversas frentes. O aumento da segurança, sem dúvida, é o mais relevante, mas a redução de custos pode ser alcançada com o uso de equipamentos corretamente dimensionados, melhoria no planejamento de manutenção programada, substituições realizadas no tempo certo de aproveitamento do material, maximização da vida útil dos equipamentos, mitigação de riscos de danos à carga, entre outros.

Naturalmente, estamos falando de um cenário ideal. Porém, o mercado brasileiro apresenta alguns desafios, sendo o maior deles a ausência de uma cultura de segurança consolidada. Ainda que eu esteja falando de redução de custos, toda e qualquer melhoria em processos de movimentação de carga deve sempre partir e privilegiar a perspectiva de segurança. E é neste ponto que há muito a ser melhorado.

O principal entendimento que gestores e profissionais que lidam com elevação e movimentação precisam ter é de que segurança se traduz em economia e isso só pode ser posto em prática seguindo as normas de forma estrita, adotando as melhores práticas e recorrendo à consultoria de especialistas como apoio para o aperfeiçoamento de técnicas e práticas do dia a dia.

Para isso, vale a adoção de uma agenda frequente de treinamentos técnicos, inspeções regulares, qualificações e uso de materiais de alta qualidade, com transparência na rastreabilidade e enquadrados nos critérios de conformidade.

O universo de elevação e movimentação de carga é extremamente amplo, complexo e diversificado. Além da segurança como fator primordial, há uma ciência de precisão na aplicação de técnicas em cada atividade que precisa ser vista como um fator de inteligência. Inspeções técnicas contribuem para isso ao trazer a visão externa de especialistas que podem indicar pontos de melhoria, ganhos de eficiência e otimização de custos, além de estimular a consolidação de uma cultura de segurança e capacitação benéfica para todo o setor.

*Leandro Bieco é engenheiro civil e especialista em içamentos de cargas e máquinas da Acro Cabos

FAÇA UM COMENTÁRIO

Faça seu comentário
Digite seu nome aqui

Mais artigos

Newsletter

Notícias relacionadas
Related

Soja cai 0,12% em Chicago, afetada pela alta do petróleo e do óleo de soja

Os futuros do grão encerraram em leve queda de 0,12%, cotado a U$10,56/bushel. Já o farelo teve queda de 2,04%, queda que chegou a ser de quase 4,5%.

Forte alta no suíno vivo eleva poder de compra frente ao milho pelo 8º mês

Este foi o quinto mês seguido de valorização, de acordo com levantamento do Cepea. 

Reajustes de setembro compensam perdas do boi no ano

Levantamento do Cepea mostra que, no acumulado de setembro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve forte acréscimo de 14,4%, fechando em R$ 274,35 no dia 30.

Reforma Tributária: Trocando as turbinas em pleno voo!

Por Bruno Viscaino Pinto, Diretor de Tecnologia e Arquitetura...