Os custos de produção no RS aumentaram em junho, mesmo com a queda na taxa de câmbio. Segundo relatório da equipe econômica da Farsul, divulgado nesta quarta-feira (23), os preços pagos aos produtores também recuaram, mantendo uma trajetória de baixa pelo sétimo mês consecutivo.
O Índice de Inflação dos Preços Recebidos pelos Produtores Rurais (IIPR) teve deflação de 1,8% em relação a maio. A queda no valor das sacas de arroz, milho e trigo – este último pressionado pela proximidade da colheita – puxou o índice para baixo. No acumulado do ano, o IIPR apresenta deflação de 10,43%, em contraste com a alta de 3,79% no IPCA Alimentos, o que indica que a inflação está se concentrando em outras etapas da cadeia produtiva.
Enquanto isso, o Índice de Inflação dos Custos de Produção (IICP) registrou alta de 0,43% em junho, mesmo com um recuo de 2% na taxa de câmbio. De acordo com a Farsul, conflitos geopolíticos globais elevaram o preço dos fertilizantes, um dos principais insumos do setor agropecuário.
No acumulado desde junho de 2024, o IICP soma inflação de 3,79%. Em 2025, a inflação acumulada chega a 2,02%, o que ainda representa um peso considerável para o produtor rural. Os custos de produção no RS, portanto, seguem em alta, mesmo diante de um cenário de retração nos preços pagos ao setor.