O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) ampliou a investigação sobre as mortes de cavalos ligadas à Nutratta Nutrição Animal Ltda, após a confirmação de 238 óbitos em quatro estados. As ações começaram em 26 de maio, quando o órgão recebeu a primeira denúncia pela Ouvidoria oficial.
Desde então, o Mapa intensificou a apuração em propriedades de Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro e Alagoas. Em todas essas localidades, os equinos afetados consumiram produtos da empresa. Já os animais que não ingeriram as rações permaneceram saudáveis, mesmo no mesmo ambiente. O número de mortes, contudo, ainda pode crescer, pois há relatos em apuração em outras regiões.
Casos seguem em análise
Novas denúncias incluem registros em cidades como Goiânia (GO), Jarinu (SP), Uberlândia (MG) e no sudoeste da Bahia. No entanto, o Mapa destaca que a falta de registro oficial pela Ouvidoria dificulta a verificação técnica desses casos.
A última inspeção na fábrica da Nutratta ocorreu em fevereiro de 2025. Após a detecção de alcaloides pirrolizidínicos, compostos tóxicos, o Ministério suspendeu cautelarmente a produção de rações para equídeos. Mais tarde, a medida foi estendida a rações para todas as espécies.
Empresa notificada e judicialização em curso
A Nutratta foi notificada a recolher os lotes afetados. No entanto, até o momento, não apresentou comprovação da conclusão do processo. Por isso, continuam vigentes os alertas às autoridades e consumidores.
Mesmo após decisão judicial que autorizou parcialmente a retomada da produção de rações não destinadas a cavalos, o Mapa recorreu. A pasta argumenta que os riscos sanitários persistem e que é necessário manter as medidas preventivas.
Por fim, o Ministério reafirma seu compromisso com a segurança da cadeia agropecuária. Tutores, criadores e veterinários devem continuar usando a Ouvidoria Oficial para registrar qualquer suspeita ou informação relevante.