Milho em queda com pressão do mercado internacional e avanço da colheita no Brasil

O milho abriu esta quarta-feira em queda, com a posição setembro cotada a US$ 3,97 por bushel, abaixo dos US$ 4,00. Assim, as perdas acumuladas no começo da semana superam 5%. Ontem, o mercado fechou em baixa, entre 5 e 6 pontos. Na Bolsa Brasileira (BMF), julho negociou a R$ 62,40, e setembro a R$ 62,55.

Mercado e avanços da safra pressionam preços

O mercado internacional permanece negativo pelo terceiro dia consecutivo, principalmente devido às incertezas tarifárias anunciadas por Trump. Além disso, o bom desenvolvimento das lavouras nos Estados Unidos e no Brasil reforça a pressão sobre os preços.

Segundo o USDA, 74% das áreas de milho nos EUA estão em condições boas ou excelentes, um ponto percentual acima da semana anterior. No mesmo período do ano passado, esse índice era de 68%. Quanto ao estágio da cultura, 18% das lavouras estão em pendoamento e 3% iniciaram a formação dos grãos.

Enquanto isso, o mercado aguarda o relatório de oferta e demanda do USDA, que será divulgado nesta sexta-feira. Espera-se um corte na produção em torno de 2 milhões de toneladas, reduzindo o volume para 400 milhões de toneladas. Os estoques finais também devem apresentar queda, mas em menor proporção.

No Brasil, a colheita da safrinha no Paraná avançou para 29%, contra 16% da semana anterior, conforme dados do Deral. A área plantada cresceu 9% em relação a 2024, e a produção estimada é de 16,5 milhões de toneladas, frente a 13 milhões da safra passada. O IMEA projeta que o Mato Grosso terá uma produção recorde, de 54 milhões de toneladas, alta de 14,5% comparada à temporada anterior.

No mercado físico, as indicações de compra no oeste do Paraná variam entre R$ 54,00 e R$ 57,00 por saca. Em Paranaguá, os preços oscilam entre R$ 62,00 e R$ 65,00, conforme o prazo de pagamento. No interior, os valores dependem da localização do lote.

Além disso, o câmbio opera em alta, cotado a R$ 5,46, após fechar a sessão anterior em R$ 5,444.

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