Milho recua em Chicago e colheita segue lenta no Brasil

Milho recua em Chicago nesta terça-feira, com os contratos de setembro operando em queda de 3 a 4 pontos, cotados a US$ 4,00 por bushel. Na segunda-feira, os preços também recuaram, com perdas entre 4 e 5 centavos. Assim, o mercado inverte a tendência da semana passada, quando houve ganhos superiores a 3%.

Chuvas favorecem safra nos EUA

Nos Estados Unidos, embora a onda de calor persista, as chuvas têm ocorrido com regularidade e, por isso, a safra mantém bom desenvolvimento. De acordo com o USDA, 74% das lavouras de milho apresentam condições boas ou excelentes, o mesmo índice registrado na semana anterior. Outros 20% seguem em condição regular e apenas 6% foram avaliadas como ruins ou péssimas. No mesmo período de 2024, esses percentuais eram de 67%, 23% e 10%, respectivamente.

Além disso, 56% das plantações já entraram na fase de pendoamento, percentual semelhante ao de 2024 e à média histórica. Ainda segundo o USDA, 14% das áreas iniciaram a formação dos grãos, ante 16% no ano passado e 12% na média.

Colheita avança em ritmo lento no Brasil

Enquanto isso, a colheita da safrinha de milho no Brasil segue atrasada. Levantamento da Conab mostra que apenas 55,5% da área total foi colhida até agora. Esse índice é inferior à média histórica para o período, que é de 60,6%, e está bem abaixo dos 79,6% registrados no mesmo ponto de 2024.

Na B3, os contratos futuros acompanham a tendência de baixa. O contrato de setembro opera em R$ 64,95, enquanto o de novembro é negociado a R$ 68,05. Os valores anteriores eram de R$ 65,07 e R$ 68,15, respectivamente.

Mercado interno se sustenta com suporte do câmbio

Apesar da pressão vinda de Chicago, o mercado físico brasileiro apresenta suporte. No oeste do Paraná, os compradores indicam valores entre R$ 55,00 e R$ 57,00. Já no porto de Paranaguá, as indicações de compra variam entre R$ 64,00 e R$ 67,00, a depender do prazo de pagamento e da localização dos lotes.

Além disso, o câmbio contribui para manter a competitividade das exportações. Nesta manhã, o dólar opera estável a R$ 5,57, praticamente no mesmo nível do fechamento anterior, que foi de R$ 5,565.

Milho recua em Chicago, mas o cenário climático nos EUA e o câmbio no Brasil seguem como fatores-chave para os próximos movimentos do mercado.

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