Na variação semanal, soja encerra em alta de 0,57% e consolida a quinta semana seguida de alta

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Início da colheita da soja, exportações ainda muito lentas, tendência de menos demanda para rações e o clima brasileiro estão fortalecendo os preços

Commodities na Bolsa de Chicago (CBOT) encerraram a sexta-feira (20/09) mistas. Os contratos da soja encerraram levemente o negativo com variação diária de 0,12% de queda.

O futuro do grão trabalhou durante boa parte do dia no negativo e conseguiram se recuperar após o reporte do USDA sobre uma venda de 121 mil toneladas para a China.

Como já comentei em relatórios passados, qualquer venda acima de 100 mil toneladas deve ser reportada com o volume total e o destino.

Essa compra animou o mercado e fez os preços voltarem para próximo do zero a zero. Na variação semanal a soja encerra em alta de 0,57% e consolida a quinta semana seguida de alta.

Já o óleo encerrou em alta no dia com valorização de 1,05%.

Esta foi uma excelente semana para o ativo que registrou altas todos os dias da semana, o fundamento que ajudou a puxar os preços essa semana foi o menor volume de soja esmagada devido a paralisação das esmagadoras, culminando em um menor estoque do óleo. Na semana, a commodity acumulou alta de 6,24%.

Já o farelo teve queda de 0,75% no dia, essa é a segunda semana negativa para este derivado, encerrando a semana com uma queda acumulada de 1,15%.

Os principais motivadores que mexerem com o complexo da soja nesta semana foram o início da colheita da soja, exportações ainda muito lentas, perspectiva de um crescimento menor no número de matrizes de suínos na China, com tendência de menos demanda para rações, e o clima brasileiro que está com estimativas de boas chuvas para a região centro-oeste do país para daqui 15 dias.

O milho encerrou em queda de 1%, pressionado pela entrada da colheita, na semana o milho acumulou uma queda de 2,78%.

O trigo encerrou a sessão de hoje em alta de 0,53%, mas assim com o milho, teve um desempenho negativo na semana, acumulando uma desvalorização de 4,41%.

Outro fator que vem pressionando ambos os cereais é o ritmo de embarques no Mar Negro, que hoje vem exportando bons volumes e é mais competitivo do que os EUA.

Na B3 o milho com vencimento novembro iniciou o dia seguindo o ritmo do CBOT, conforme o dia avançava e o dólar subia, vimos as cotações do milho ficarem mais otimistas, levando o preço novamente para a região dos R$68/sc, garantindo uma variação diária de 1,37%.

A alta de hoje reverteu toda a queda da semana e com isso milho encerra em alta de 0,07% no semanal.

Macroeconomia

Na Ásia as bolsas encerraram no positivo após a decisão pela manutenção das taxas de juros no Japão e na China.

Hong Kong teve alta de 1,19% e Japão teve alta de 1,67%. Na Europa o dia foi de realização dos lucros da semana e as bolsas encerraram todas em queda, o principal índice da Europa teve desvalorização de 1,43%.

Nos EUA as bolsas encerraram em leve queda, S&P 500 caiu 0,18% e a NASDAQ caiu 0,23%.

No Brasil a queda foi mais intensa, o IBOVESPA confirmou a perda do suporte gráfico e acelerou o movimento baixista e se encaminha para o fechamento com queda de 1,50%.

Na semana a nossa bolsa acumula uma desvalorização de 2,77%

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