Petróleo cai mais e continua influenciando os demais óleos

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A queda é menor que a dos últimos dias, mas ainda exerce influência sobre os demais óleos. O óleo de soja apesar de cair menos hoje, ainda encerrou o pregão com movimentação negativa de 0,67%.

Nesta terça-feira (06/08), o petróleo continuou ditando o tom para o setor de óleos na Bolsa de Chicago (CBOT). Com queda de 1%, o petróleo testou mais uma vez a sua região de suporte gráfico na casa dos U$73/barril.

A queda é menor que a dos últimos dias, mas ainda exerce influência sobre os demais óleos. O óleo de soja apesar de cair menos hoje, ainda encerrou o pregão com movimentação negativa de 0,67%.

Além disso, novamente voltaram a circular rumores sobre a diminuição de impostos sobre o complexo da soja na Argentina.

O mercado tenta se antecipar a esses quesitos, pois entende que se de fato for retirado um terço do imposto atual, teremos uma pressão de oferta no curto prazo, o que retiraria ainda mais a demanda pela soja Americana.

O impacto na CBOT foi de 14 cents de queda para a soja em grão, variação negativa de 1,35% e queda de 2,39% para a cotação do farelo!

O Trigo na CBOT produziu uma alta de 0,70%, o fundamento mais relevante para novas altas continua sendo a dificuldade de produção no leste europeu e constantes reduções das perspectivas de produção.

Seus ganhos só não são maiores porque ainda vemos ofertas agressivas na ponta vendedora, feitas pela Rússia. Por conta dessa competitividade, os preços acabam não conseguindo manter uma alta pujante porque isso implicaria em maiores dificuldades na negociação, fazendo com que os EUA se tornassem uma origem ainda menos interessante.

Na falta de fatores novos e positivos, o milho segue o caminho trilhado pela soja e encerra o pregão em queda de 0,51%.

Na B3 o contrato setembro tenta se ajustas as quedas de Chicago e do câmbio, produzindo um movimento de baixa de 2,24%. Queda de R$1,38 por saca com relação ao fechamento da segunda-feira, encerrando cotado a R$60,32.

É interessante dizer que esse movimento de bolsa não foi visto no mercado físico. Compradores entendem que se baixarem as ofertas nesse momento, não conseguiram concretizar negócios pois os produtores estão bem firmes em sua posição.

Então é de se esperar que os preços na bolsa oscilem devido a facilidade e liquidez que a os contratos futuros proporcionam, diferentemente de toda a complexidade do mercado físico. Inclusive é interessante ficarmos atentos pois essas distorções podem dar boas oportunidades de lucros em bolsa de valores!!

Outra estratégia que chama atenção nesses momentos, seria a rolagem do físico para a bolsa, onde o produtor aproveitaria os preços ofertados no momento e utiliza um pequeno percentual do financeiro do que receber – cerca de 10%- para comprar um seguro de participação de alta na bolsa. Fica a sugestão.

Breve volta à economia mundial: após ao estresse de ontem, bolsas globais se acalmam e fazem movimentos de recuperação. A bolsa japonesa que foi destaque de queda ontem, com seus -13,91%, hoje encerra o dia com valorização de +10,24%.

Na Europa o dia foi misto e bolsas fecharam estáveis. Nos Estados Unidos, tivemos altas de 1% para os principais índices, apesar da alta, ainda está bem longe dos patamares atingidos antes das recentes quedas.

No Brasil o IBOVESPA subiu 0,79%, expectativas de que os EUA devam cortar os juros de maneira mais intensa acaba colocando o Brasil de volta na rota de país pagador de juros, isso porque a diferença entre as taxas pagas entre os dois países deve aumentar, fazendo com que haja um fluxo de dólar entrando no país. Além de ajudar a reduzir a pressão inflacionária por aqui.

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