Preços do milho reagem no mercado após semana de queda

Os preços do milho reagem no mercado nesta segunda-feira, após uma semana de perdas. Na Bolsa de Chicago (CBOT), a posição setembro opera com alta de 3 pontos, cotada a US$ 3,99 por bushel. Na sexta-feira, o cereal havia fechado em queda de até 4 cents, acumulando perdas semanais de 6%.

Segundo análise da Granoeste, o movimento positivo desta manhã reflete o avanço do petróleo e de outras commodities, que ajudam a melhorar o sentimento no mercado. No entanto, fatores como a boa produtividade da colheita brasileira e o andamento favorável das lavouras nos EUA continuam pressionando as cotações. Além disso, as incertezas comerciais provocadas pelas novas tarifas impostas pelo governo Trump seguem gerando cautela entre os investidores.

Relatório do USDA mantém cenário sem grandes surpresas

Por outro lado, o relatório de oferta e demanda divulgado na última sexta-feira pelo USDA não trouxe mudanças significativas. A produção dos EUA na safra 2025/26 foi revisada para 398,9 milhões de toneladas, uma queda de 2 milhões em relação à estimativa anterior. Os estoques finais também foram ajustados para baixo, agora projetados em 42,1 milhões de toneladas.

Enquanto isso, a produção brasileira de milho permanece estimada em 131 milhões de toneladas, sem alterações. Apesar da estabilidade nos números, o bom desempenho das lavouras segue limitando reações mais consistentes nos preços internacionais.

Exportações devem ganhar ritmo nas próximas semanas

No front externo, a Secex aponta que os embarques programados (line-up) de milho nos portos brasileiros para julho somam 4,5 milhões de toneladas. No acumulado de janeiro a agosto, o volume chega a 7,7 milhões. Contudo, a expectativa é de que as exportações ganhem ritmo nas próximas semanas, conforme os embarques se intensificam com a oferta disponível.

Além disso, a tendência é de que a demanda internacional siga aquecida, especialmente se o câmbio permanecer em patamares elevados, favorecendo a competitividade do milho brasileiro.

Mercado físico opera com preços variados entre regiões

Na BMF, a posição julho opera em R$ 62,95, contra R$ 63,00 no fechamento anterior. Já o contrato de setembro vale R$ 63,70, levemente abaixo dos R$ 63,90 do dia anterior.

No oeste do Paraná, as indicações de compra estão entre R$ 55,00 e R$ 58,00. Em Paranaguá, os preços variam de R$ 63,00 a R$ 65,00, dependendo do prazo de pagamento e da localização do lote. Enquanto isso, o câmbio segue estável, cotado a R$ 5,55.

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