Os preços do milho seguem em alta no mercado internacional e brasileiro nesta quarta-feira (17). Pela manhã, o contrato setembro na Bolsa de Chicago (CBOT) subia 4 pontos, cotado a US$ 4,05. No dia anterior, a valorização foi mais modesta, entre 1 e 2 cents.
Na BMF, os contratos futuros também avançam. A posição setembro alcança R$ 64,05, enquanto o vencimento de novembro opera em R$ 67,65. No fechamento anterior, os preços estavam em R$ 63,40 e R$ 66,97, respectivamente.
Granoeste aponta influência da safra e da demanda
Conforme análise da Granoeste, o mercado retoma o movimento positivo e volta a operar acima da linha de US$ 4,00 no contrato de setembro. Apesar disso, o avanço encontra resistência nas boas condições das lavouras norte-americanas e no volume expressivo da safra brasileira, que já chega ao mercado.
Nos Estados Unidos, o Departamento de Agricultura (USDA) estima que 74% das lavouras de milho estejam em condição boa ou excelente, percentual superior aos 68% registrados no mesmo período do ano passado. Além disso, 34% das áreas entraram na fase de pendoamento, enquanto 7% já estão em formação de grãos. Esses números indicam perspectivas positivas para a oferta global.
Exportações e dólar forte sustentam os preços
Enquanto isso, as exportações brasileiras seguem aquecidas. De acordo com a ANEC, os embarques devem atingir 5 milhões de toneladas em julho, o que reforça o escoamento da produção e colabora para manter os preços do milho sustentados no mercado interno.
Nas negociações regionais, os compradores do oeste do Paraná indicam valores entre R$ 55,00 e R$ 57,00. Em Paranaguá, as ofertas oscilam entre R$ 64,00 e R$ 67,00, a depender do prazo de pagamento e da localização do lote. Esses fatores regionais ajudam a compor a formação do preço no curto prazo.
Outro ponto de influência é o câmbio. O dólar opera em alta nesta manhã, cotado a R$ 5,58. Na sessão anterior, encerrou o dia em R$ 5,558. A valorização da moeda norte-americana contribui para fortalecer a competitividade do produto brasileiro no exterior, o que sustenta os valores internos mesmo diante da ampla oferta.