Previsão global de grãos cai e Brasil deve colher safra recorde

A produção mundial de grãos deve ser menor do que o previsto anteriormente para a safra 2025/26, segundo o Conselho Internacional de Grãos (IGC). A nova estimativa é de 2,376 bilhões de toneladas, ligeiramente abaixo dos 2,377 bilhões indicados em junho.

O ajuste reforça a expectativa de uma oferta global mais apertada nos próximos meses. Isso pode influenciar os preços internacionais e aumentar os riscos para países dependentes de importações.

Estabilidade no milho, trigo e soja

O IGC manteve a projeção da safra global de milho em 1,276 bilhão de toneladas, número 3,9% maior do que o registrado em 2024/25. A produção dos Estados Unidos foi revisada para cima, enquanto Hungria e Romênia tiveram cortes nas estimativas.

No caso do trigo, a previsão também permaneceu estável em 808 milhões de toneladas, pouco acima dos 800 milhões colhidos na temporada anterior. No entanto, o consumo global do cereal foi estimado em 814 milhões, o que pode gerar desequilíbrio entre oferta e demanda.

Para a soja, o volume projetado para 2025/26 é de 428 milhões de toneladas, ante 423 milhões no ciclo atual. O arroz deve alcançar 544 milhões de toneladas, superando ligeiramente os 541 milhões do período anterior.

Brasil ganha protagonismo

Enquanto a perspectiva global aponta para estabilidade, o Brasil caminha na direção oposta. De acordo com a Conab, a produção nacional de grãos em 2024/25 deve chegar a 339,6 milhões de toneladas, um avanço de 14,2% frente ao ciclo passado.

Com esse resultado, o Brasil responderá por 14,6% de toda a produção mundial de grãos. Mesmo representando apenas 2,6% da população e 5,7% da área terrestre do planeta, o país se consolida como peça-chave na segurança alimentar global.

A soja continua como destaque, com produção estimada em 169,5 milhões de toneladas, apoiada pela expansão da área cultivada e ganhos de produtividade. O milho, somadas as três safras, deve alcançar 132 milhões de toneladas, impulsionado por boas condições climáticas.

Com 81,7 milhões de hectares plantados, o Brasil mantém seu papel estratégico como fornecedor global de alimentos. Diante de um cenário externo mais contido, o desempenho brasileiro deve influenciar a dinâmica dos mercados internacionais.

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