O Ministério da Agricultura e Pecuária (Mapa) lançou o Plano Nacional de Identificação e Rastreabilidade de Bovinos e Búfalos (PNIB). A iniciativa visa modernizar o controle sanitário e reforçar a rastreabilidade do rebanho brasileiro. Além disso, o plano abre oportunidades para o Brasil acessar mercados internacionais com exigências rigorosas de identificação animal.
Com o novo plano, o governo pretende responder com mais agilidade a eventuais surtos de doenças. Dessa forma, o consumidor terá mais segurança e o país poderá fortalecer sua reputação como fornecedor de carne de qualidade. O cronograma segue até 2033 e está dividido em quatro etapas principais.
Fases de implantação seguem até 2033
Primeira fase – A partir de 1º de julho de 2025, o governo iniciará o desenvolvimento do sistema informatizado e da Base Central de Dados, que reunirá e organizará as informações em tempo real.
Segunda fase – Até 31 de dezembro de 2026, os Órgãos Executores de Sanidade Agropecuária (OESAs) dos estados deverão adequar seus sistemas aos parâmetros do PNIB. Com isso, será possível integrar as informações à base nacional.
Terceira fase – Entre janeiro de 2027 e dezembro de 2029, o programa entrará na fase de transição. Nesse período, a adesão será voluntária, especialmente para animais envolvidos em manejos sanitários, como a vacinação contra brucelose, e para atender a protocolos privados homologados. Enquanto isso, a movimentação de animais ainda não identificados continuará liberada.
Quarta fase – De 2030 a 2032, o plano ampliará gradualmente a exigência de identificação para todo o rebanho. A partir de 1º de janeiro de 2033, todos os bovinos e búfalos deverão estar registrados no sistema. Após essa data, não será mais permitida a movimentação de animais sem identificação.
Sistema informatizado terá base nacional única
O sistema informatizado reunirá, em uma base única, os dados de identificação e movimentação dos animais. Dessa maneira, médicos veterinários, técnicos autorizados e órgãos estaduais terão acesso direto à plataforma. Esse compartilhamento eficiente de dados deve agilizar o monitoramento e a tomada de decisões.
Medida fortalece posição do Brasil no comércio internacional
Além de reforçar a sanidade animal, o PNIB deve impulsionar a presença da carne brasileira no mercado global. Muitos países, como Japão, Coreia do Sul e membros da União Europeia, exigem rastreabilidade individual. Nesse sentido, o Programa Nacional de Identificação e Rastreabilidade de Bovinos e Búfalos (PNIB) atende essas exigências e amplia o potencial de exportação do país.
Para garantir a adesão ao programa, o Mapa promoverá ações de capacitação e divulgação. Técnicos, produtores e representantes do setor produtivo receberão orientações sobre como participar da iniciativa. Por isso, o envolvimento de toda a cadeia será essencial para o sucesso do Programa Nacional de Identificação e Rastreabilidade de Bovinos e Búfalos (PNIB).