Relação de troca do algodão melhora em Mato Grosso

relação de troca do algodão em Mato Grosso teve melhora significativa em junho, favorecendo o produtor rural. Segundo o IMEA, a colheita atingiu 5,42% da área estimada, com avanço semanal de 2,92 pontos percentuais.  Ao mesmo tempo, a paridade de dezembro de 2025 valorizou 2,48%, refletindo a alta do contrato na Bolsa de Nova York.

Mesmo com o custeio estimado da safra 2025/26 ainda em patamar elevado — R$ 10.647,25 por hectare —, houve leve recuo mensal de 0,17%. Isso foi impulsionado pela queda nos preços dos micronutrientes e corretivos, que recuaram 1,35% e 0,72%, respectivamente.

Com os insumos mais baratos, a relação de troca (RT) melhorou. Em junho, foram necessárias 13,96 arrobas de pluma para adquirir uma tonelada de SAM, e 17,25 arrobas para o KCl. Esses números representam queda de 10,95% e 21,26% em relação à média dos últimos anos.

Oferta global pressiona os preços

Segundo o relatório de julho do USDA, a produção mundial de algodão para a safra 2025/26 deve alcançar 25,78 milhões de toneladas, alta de 1,22% em relação a junho. O crescimento decorre da previsão de maior área cultivada nos Estados Unidos.

O consumo global também subiu, mas em ritmo menor: apenas 0,31% na comparação mensal, totalizando 25,72 milhões de toneladas. Como resultado, os estoques finais subiram 0,68%, chegando a 16,83 milhões de toneladas.

Esses fundamentos derrubaram os preços da pluma na Bolsa de Nova York, embora o mercado ainda aguarde os desdobramentos climáticos nos EUA, onde há previsão de seca.

Custos ainda exigem atenção

Mesmo com a melhora na relação da troca do algodão, os cotonicultores devem continuar atentos à oscilação nos preços da pluma. Caso ocorram novas desvalorizações, o custo de produção pode voltar a impactar negativamente as margens.

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