A menor produção na Rússia, que é um dos principais exportadores mundiais de trigo, vinha estimulando o aumento dos valores interno no Brasil. Porém, a possibilidade de oferta mundial recorde na temporada 2024/25 fez com que os preços internacionais do trigo voltaram a ceder nos últimos dias.
Pesquisadores do CEPEA (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada), do Departamento de Economia, Administração e Sociologia da ESALQ (Escola Superior de Agricultura Luiz de Queiroz) e USP (Universidade de São Paulo), lembram que os valores externos vinham avançando também diante do resultado da queda na área de cultivo no país e das condições climáticas desfavoráveis às lavouras.
As chuvas nos últimos dias prejudicaram a semeadura no Sul do país, principal região produtora brasileira.
Entretanto, novas projeções da consultoria SovEcon indicam que a safra russa deve passar de 84,2 para 84,7 milhões de toneladas, elevando o otimismo para uma marca histórica na disponibilidade global de 2024/25.
Números da Argentina reforçam as expectativas de oferta mundial de trigo elevada, ainda conforme analisam pesquisadores do Cepea.
Relatório divulgado pela Bolsa de Cereales em 25 de julho estima produção em 18,1 milhões de toneladas, 19,8% superior à da safra 2023/24.