A colheita da segunda safra de milho no Paraná atingiu 29% da área total de 2,7 milhões de hectares nesta semana. O ritmo está acima da média registrada nos últimos cinco anos, que era de aproximadamente 20% para este período.
Esse desempenho positivo, no entanto, contrasta com a qualidade das lavouras. As geadas ocorridas no fim de junho provocaram perdas e afetaram o estado das plantações. Áreas classificadas como boas caíram de 68% para 64%. Já as áreas medianas subiram de 18% para 20% e as lavouras ruins aumentaram de 14% para 15%.
A segunda safra de milho no Paraná é crucial para o abastecimento interno e exportações. Mesmo com o avanço da colheita, as perdas causadas pelo clima podem impactar os volumes finais da produção.
Produtores relatam preocupação com a perda de qualidade dos grãos e possível desvalorização na comercialização. Técnicos do Deral acompanham de perto os efeitos do frio intenso.
Além disso, a instabilidade climática reforça a importância do manejo adequado e do monitoramento constante das lavouras. Muitos agricultores já começam a reavaliar o calendário de plantio e colheita para as próximas safras.
O setor espera que as perdas não comprometam os contratos já firmados, principalmente com compradores de fora do estado. A expectativa agora gira em torno da estabilidade climática nas próximas semanas, o que pode evitar maiores danos às áreas ainda a campo.