Semana encerra com futuros da soja com dificuldades para avançar na CBOT

Publicado em

Novamente os futuros do grão tentam, sem sucesso, encerrar acima da sua resistência gráfica nos U$10,15/bu.

Chegamos nesta sexta-feira (13/09) encerrando mais uma semana com os futuros da soja encontrando dificuldades em avançar.

Os contratos da soja encerraram o dia em queda, entregando uma parte dos ganhos semanais.

Durante a manhã os contratos operavam no campo positivo, porém com a virada do seu derivado, o óleo de soja, para o negativo as cotações do grão foram pressionadas e passaram a negociar no campo negativo encerrando com queda de 0,45% cotado a U$10,06/bu.

Novamente os futuros do grão tentam, sem sucesso, encerrar acima da sua resistência gráfica nos U$10,15/bu.

Agora vamos entender o que pode ter feito o óleo de soja virar para o negativo e encerrar com queda de 2,16%.

Basicamente a bolsa de Rosário na Argentina soltou um comunicado onde aumentava a expectativa de produção de soja em cerca de 5 milhões de toneladas, como bem sabemos, a Argentina é um forte produtor e exportador de farelo.

Quando é feito o esmagamento da soja, obtemos dois subprodutos, um deles sendo o farelo e o outro o óleo.

Porém a Argentina não é um forte exportador e nem consumidor do óleo e é justamente isso que parece ter mexido com os futuros em Chicago, uma vez que devemos ter um acréscimo nos estoques globais desse subproduto.

E que pode se esperar para o futuro é que a Argentina acabe encontrando demanda para esse excedente, retirando assim parte da demanda do óleo Norte Americano.

O farelo também encerrou em baixa, com queda de 0,09%.

Já para os futuros de trigo o dia foi bem positivo e o mesmo acumulou uma alta de 2,81%.

Novamente o impacto dessa alta veio do aumento na tenção proveniente do conflito entre Rússia e Ucrânia, que são dois grandes produtores e exportadores do grão.

O novo capítulo dessa história remete a uma acusação feita pela Ucrânia de que a Rússia tenha bombardeado um navio graneleiro próximo a Romênia.

Essa insegurança acaba aumentando os preços dos seguros e dos fretes marítimos e isso pode ser um fator decisivo para que compradores busquem países para originar suas compras.

Além do trigo, essa situação também impacta as negociações do milho, que hoje subiu 1,79% na CBOT.

Na B3 os futuros de milho também sentiram o impacto e reagiram positivamente, o contrato novembro encerrou com alta de 1,65% cotado a R$67,80/sc.

Macroeconomia

Em dia de agenda vazia bolsas operam estáveis, acumulando pequenos ganhos. Na Europa bolsas encerraram em alta, EURO STOXX 50 teve valorização de 0,61%.

Nos EUA, S&P500 subiu 0,52% e a NASDAQ teve alta de 0,64%.

Na Ásia os fechamentos foram mistos, do lado da alta tivemos a bolsa de Hong Kong como destaque positivo por acumular uma valorização de 0,75%.

Já do lado negativo o destaque ficou com o índice japonês NIKKEI 225 com queda de 0,74%.

No Brasil, o IBOVESPA chegou a ter ganhos superiores a 1% mas encerrou no meio do caminho com valorização de 0,64%.

Compartilhe essa noticia

FAÇA UM COMENTÁRIO

Faça seu comentário
Digite seu nome aqui

Últimas notícias

Newsletter

Notícias relacionadas
Related

Soja cai 0,12% em Chicago, afetada pela alta do petróleo e do óleo de soja

Os futuros do grão encerraram em leve queda de 0,12%, cotado a U$10,56/bushel. Já o farelo teve queda de 2,04%, queda que chegou a ser de quase 4,5%.

Forte alta no suíno vivo eleva poder de compra frente ao milho pelo 8º mês

Este foi o quinto mês seguido de valorização, de acordo com levantamento do Cepea. 

Reajustes de setembro compensam perdas do boi no ano

Levantamento do Cepea mostra que, no acumulado de setembro, o Indicador do boi gordo CEPEA/B3 teve forte acréscimo de 14,4%, fechando em R$ 274,35 no dia 30.

Reforma Tributária: Trocando as turbinas em pleno voo!

Por Bruno Viscaino Pinto, Diretor de Tecnologia e Arquitetura...