Soja abre baixista, dando sequência a perdas acentuadas na Bolsa de Chicago

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Bom andamento da safra norte-americana, com previsão de colheita cheia, exportações atrasadas nos EUA e a redução das taxas de importação na Argentina fazem soja despencar na CBOT

Os preços da soja seguem a saga baixista dos últimos dias e voltam a registrar perdas acentuadas nos futuros de Chicago.

Na manhã de terça-feira (30/07), abre operando com queda de 17 cents, a U$ 10,13/setembro.

Ontem, depois de trabalhar com até 30 cents negativos, o mercado se recuperou parcialmente e fechou com perdas entre 9 e 12 pontos nas posições principais.

A demanda segue muito comedida; as exportações norte-americanas se mantêm atrasadas e não devem atingir a meta estabelecida pelo USDA.

Na Argentina existe rumores sobre redução das taxas de exportação, o que aumentaria a oferta internacional.

Mas o que mais pesa neste momento é o bom andamento da safra norte-americana. As previsões de condições adequadas sugerem que vem aí uma colheita cheia.

Apesar de redução da área semeada a produção deverá ficar bem acima daquela obtida no ano passado.

No fim da tarde de ontem, o USDA divulgou uma nova atualização sobre o andamento da safra, atestando que 57% das lavouras se encontram em boas/excelentes condições, queda de apenas um ponto em relação à semana passada; 25% são consideradas regulares e 8%, ruins/péssimas.

No mesmo ponto do ano anterior, os índices eram, respectivamente, 52%, 32% e 15%. As áreas tidas como boas/excelentes contam com 15 pontos a mais do que na mesma semana do ano anterior.

As próximas seis semanas são ainda decisivas para a determinação da produtividade.

Em relação ao estágio, 77% entraram em floração, ante 79% de um ano atrás e 74% de média histórica; 44% se encontram em fase de formação de vagens, contra 46% da mesma época de 2023 e 40% de média.

As exportações brasileiras de soja somam até agora, neste mês de julho, 10,06MT, ultrapassando o volume total de julho do ano passado, que ficou em 9,7MT.

Na temporada, o volume embarcado chega a 71,4MT, ante 70,9MT do mesmo ponto da estação passada.

O mercado interno segue impactado negativamente pelas perdas na CBOT. O câmbio, porém, faz algum tipo de contraponto.

Os produtores se mostram dispostos a reduzir a participação, aguardando pelo período de entressafra e por possíveis novidades na evolução da safra norte-americana.

Prêmios no spot são indicados na faixa entre 80/130.

Indicações de compra no oeste do Paraná entre R$ 127,00/130,00 e em Paranaguá na faixa de R$ 136,00/138,00 – dependendo do prazo de pagamento e, no interior, também do local e do período de embarque.

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