Federações se manifestam sobre tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros

A tarifa dos EUA sobre produtos brasileiros, anunciada recentemente, imediatamente provocou reações de entidades do agronegócio. A medida prevê um acréscimo de 50% sobre as importações brasileiras, impactando diretamente setores como a agropecuária e a indústria. Por isso, a Faeg (GO), a Famato (MT) e a Faesp (SP) divulgaram notas, pedindo articulação diplomática urgente para conter os prejuízos à economia nacional.

Primeiramente, para a Faeg, os impactos recaem com força sobre a carne bovina e o açúcar, que lideram as exportações de Goiás para os EUA. Em 2024, a carne respondeu por 61,8% do total exportado, enquanto o açúcar movimentou US$ 32,3 milhões. Segundo a entidade, frutas, milho, café, hortaliças, máquinas agrícolas e fertilizantes também devem sofrer efeitos negativos.

No caso da Famato, o foco recai sobre a carne bovina. Mato Grosso, maior produtor do país, exportou 26,5 mil toneladas aos EUA até junho de 2025. A federação teme que a tarifa comprometa toda a cadeia produtiva e, por isso, reforça a necessidade de preservar a segurança jurídica nas relações comerciais.

Falta de diálogo e riscos à competitividade

Para Tirso Meirelles, presidente da Faesp, a situação revela uma falha grave da diplomacia brasileira. “Além disso, falta agilidade ao governo para buscar diálogo. Essa reação tardia coloca em risco setores estratégicos e mostra a ausência de uma política externa articulada aos interesses comerciais”, afirmou.

Ademais, Meirelles destacou que os EUA são destino de cerca de US$ 40 bilhões em exportações brasileiras. Ele alertou para perdas que vão além do agro. Produtos como aço, alumínio, café verde (US$ 1,9 bi), celulose (US$ 1,5 bi), carne bovina in natura (US$ 885 mi) e suco de laranja (US$ 637 mi) também devem perder competitividade.

Segundo a Faesp, essa falta de prontidão diplomática ameaça empregos, arrecadação e a sustentabilidade de cadeias produtivas. A federação propõe uma articulação urgente entre o Itamaraty, os ministérios da Agricultura e da Indústria e executivos do setor privado. A ideia é tentar reverter a tarifa antes de sua implementação, prevista para agosto.

Diplomacia como caminho para preservar exportações

Portanto, as três federações defendem o uso de fóruns multilaterais e acordos internacionais como ferramentas de pressão. Além disso, pedem que o governo brasileiro atue de forma proativa, com presença firme na mesa de negociações.

Para a Faeg, o momento exige cautela e diplomacia. Por sua vez, a Famato reforça a necessidade de proteger a competitividade do agro. Já a Faesp insiste que o confronto pode trazer prejuízos incalculáveis à economia nacional, e que somente uma estratégia diplomática eficaz poderá evitar danos maiores.

O momento pede união e diálogo constantes para evitar consequências negativas ao agronegócio e à indústria brasileira.

Get in Touch

DEIXE UMA RESPOSTA

Por favor digite seu comentário!
Por favor, digite seu nome aqui

spot_imgspot_img
spot_img

Últimas notícias